Castrolanda é premiada como destaque na pecuária do leite

Castrolanda é premiada como destaque na pecuária do leite

A Castrolanda venceu o Prêmio A Granja do Ano 2017 na categoria Destaque Nacional em Pecuária Leiteira. Realizado pela Revista A Granja, a entrega aconteceu durante a Exposição Internacional de Animais, a Expointer em Esteio, no Rio Grande do Sul, na noite de 29 de agosto. O Diretor Paulo Roberto Trantin representou a cooperativa na solenidade e recebeu o troféu.
A premiação completou a sua 32ª edição esse ano e reconheceu as 30 empresas, personalidades, empresas, entidades ou instituições que se destacam em segmentos relevantes ligados direta ou indiretamente à agropecuária brasileira. O Presidente da Castrolanda, Frans Borg, concedeu entrevista para publicação na revista que contempla todos os vencedores. Confira abaixo.

ENTREVISTA
– Quais são as principais conquistas da Castrolanda neste ano e quais os projetos para os próximos meses?
– A cooperativa vivenciou em 2016 momentos muito gratificantes com a conquista de prêmios que reconhecem sua melhoria contínua. Em novembro do ano passado recebemos o Prêmio Sescoop Excelência de Gestão, reconhecimento nacional às cooperativas que buscam o aumento da qualidade e da competitividade do cooperativismo. Também em novembro, entramos na lista das melhores empresas para se trabalhar no Paraná, ocupando o 10º lugar no ranking elaborado pelo instituto GPTW- Great Place to Work, com apoio da Gazeta do Povo e da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Paraná. Foi a primeira vez que entramos para essa lista e uma grata satisfação constatar que nossos colaboradores nos avaliam bem, sinal de que estamos no caminho certo. Há poucos dias, em 20 de julho, fomos agraciados, pelo segundo ano consecutivo, com o Prêmio Global Dupont Respeito ao Meio Ambiente e saímos vencedores a nível de América Latina. Esse prêmio internacional é entregue a empresas que apresentam projetos voltados à armazenagem segura de defensivos agrícolas, gestão ambiental e incentivo a boas práticas no manejo desses produtos. Nossos projetos futuros contemplam a contínua evolução e expansão da cooperativa em todos os setores em que atua e visam a sustentabilidade de todas as áreas de negócios da Castrolanda.
 
– Como a Castrolanda trabalha para garantir a qualidade dos produtos que leva ao consumidor?
 – A busca pela excelência na qualidade dos nossos produtos é o que motiva nossos processos. Estamos percebendo a crescente preocupação do consumidor com o que consome, a procura por produtos mais saudáveis e embalagens que possuam bom conteúdo informativo. Em contrapartida, nós estamos preocupados com a qualidade de vida e bem estar dos nossos clientes e da comunidade que nos cerca. Para tanto, investimos em produtos cada vez mais selecionados e que tenham suas particularidades atestadas.  Exemplo disso é o Feijão Tropeiro Seleção, que passa por rigoroso processo de qualidade desde o plantio até o ponto de venda, e recebe o selo de aprovação da Fundação ABC. A linha de Sementes Premier Castrolanda é outro modelo que atesta nossa preocupação com qualidade. Essas sementes possuem qualidade fisiológica superior às normalmente entregues pelo mercado e sua porcentagem de germinação é igual ou superior a 95%, fornecendo uma maior garantia ao agricultor. Quando falamos em leite, celebramos o lançamento do Naturalle, uma linha completa de leites UHTS completamente sem aditivos. É leite 100% leite. Isso só é possível devido a qualidade da nossa matéria prima e de uma logística eficiente que permite que o leite chegue rapidamente à indústria e não precise passar por processo térmico com aditivos.
 
 – Quais são os diferenciais na produção leiteira? Como a Castrolanda estimula o incremento de qualidade entre os seus associados?
O cooperado da Castrolanda tem participação direta em 45% do capital das indústrias lácteas, por essa razão ele participa das sobras ou perdas das mesmas, portanto comprometimento. Nos últimos anos as indústrias lácteas consistentemente distribuíram sobras aos cooperados. Existe a consciência por parte do nosso cooperado que ele produz a matéria-prima para o seu próprio negócio, que a sua responsabilidade e resultado estão além daquilo que ele faz dentro da porteira.  Temos também políticas que trazem estabilidade no quadro de cooperados, preços pagos, valorização da qualidade do leite e redução da sazonalidade da produção. Essas políticas são estabelecidas pelo Comitê do Pool Leite, no qual participam representantes dos produtores, que definem as regras para mais de 1.200 produtores de  07 diferentes cooperativas. A regra é a mesma para todos. Esse processo, além de trazer desafios para que os produtores evoluam na qualidade, traz transparência e representatividade aos produtores, criando assim um ambiente para a melhoria contínua nas propriedades. Não podemos deixar de destacar a capacidade de organização da Castrolanda em relação ao apoio do produtor na cadeia. Seja no acesso ao crédito, na aquisição de insumos, no acesso a tecnologia, capacitação, gestão da propriedade e outras ações. Existe um pacote de produtos e serviços que contribuem para o desenvolvimento do produtor, o que resulta na alta qualidade do leite por nós produzido.
 
 
– Como avalia o momento da cadeia leiteira no Brasil? Quais os principais desafios?
– Estamos num momento no qual a adoção de tecnologia, a boa oferta de forragens e os custos competitivos dos grãos, trouxeram um incremento grande a produção leiteira nacional. Por outro lado a demanda está fraca, a nossa conjuntura econômica está restringindo o consumo de lácteos da nossa população. O equilíbrio entre oferta e demanda nos parece um desafio gigantesco para a cadeia do leite hoje. Temos ainda o agravante de que não temos nem identidade como país grande importador ou grande exportador de lácteos. Todos os movimentos necessários para ajustar os desequilíbrios entre oferta e demanda são pontuais, emergenciais e desorganizados, o que de certo não promove a nossa competitividade e que também traz oscilações abruptas nos preços pagos aos produtores. Vem como desafio, além de melhorar o processo de produção, transporte e processamento do leite, a necessidade de organização da sociedade para ajustar oferta, capacidade industrial e demanda dentro da cadeia.
 
Castrolanda Cooperativa Agroindustrial Ltda.
Sede Matriz: Castro/PR
Unidades:
12 unidades em Castro
1 em Ponta Grossa
3 em Piraí do Sul
2 em Ventania
2 em Curitiba
8 em outros estados
 
Volume de leite captado em 2016:
253 milhões de litros
 
Faturamento em 2016:
2,82 bilhões
29% cadeia de lácteos