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Programa de Desenvolvimento e Liderança Feminina. Qual segredo para o sucesso?

O agronegócio brasileiro desempenha papel fundamental no crescimento e recuperação econômica do país, com expressivo destaque para a produtividade e a geração de empregos. Com esta evolução, a atuação das mulheres neste setor do mercado de trabalho também ganhou destaque.

A partir de pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), de 2004 a 2015 houve aumento de 8,3% no total de mulheres trabalhando no agronegócio no brasil, ou seja 40% do total de trabalhadores são mulheres.

“A mulher hoje ela está assumindo cada vez mais um papel participativo, já não é mais coadjuvante. Muitas de nós estão na gestão plena do negócio e isso requer estudo e preparo”. Como afirma a Diretora Vogal da Comissão da Mulher Cooperativista (MC), Elizete Petter, que desde 1995 é Cooperada da Castrolanda e trabalha ativamente dentro da sua propriedade.

Para capacitar e influenciar cada vez mais mulheres no agro, a Castrolanda firma parcerias com diversos órgãos e instituições. Com cursos e treinamentos, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) traz apoio de longa data. No mês de setembro teve início o Programa de Desenvolvimento e Liderança Feminina no Agronegócio, realizado em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), que contou também com a participação de mulher cooperativistas da Frísia e Capal e discutiu temas como diversidade e a mulher como empreendedora.

Camila Kugler, Secretária da MC, comenta que mostrar a capacidade destas mulheres é um dos objetivos. “Este trabalho é de extrema importância, não só de capacitação, mas também para incentivar e mostrar o quanto todas nós somos capazes, além de alcançarmos essa aproximação com a Cooperativa”.

Apesar dos números ainda serem mais baixos comparados que a quantidade de homens na área, são avanços muito importantes dentro e fora do campo. O último censo agropecuário, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, também apontou que em 11 anos, a proporção das chefes de fazenda subiu de 12,6%, em 2006, para 18,6%, em 2017. Segundo o IBGE, elas são produtoras, gerentes e responsáveis diretas pelas principais atividades nas fazendas.

Com anos de experiência na gestão das fazendas da família e dentro do grupo de Mulheres Cooperativistas da Castrolanda, Elizete afirma que é necessário romper alguns tabus para que se evolua. “Precisamos desenvolver instrumentos que nos permitam entender o que significa essa união de fato, o que é o trabalho em família e a sucessão. O papel da Cooperativa é fornecer este acesso ao conhecimento e preparo”.

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