Conexão Agrícola leva atualizações de mercado a cooperados paulistas

Conexão Agrícola leva atualizações de mercado a cooperados paulistas

Cooperados e clientes de São Paulo receberam as atualizações do mercado agrícola interno e externo durante a última edição do Conexão Agrícola, evento da Cooperativa Castrolanda realizado na terça-feira, 5 de outubro. Realizado na unidade Itaberá I, o encontro também estimulou a interação e a troca de informações entre os participantes.

Colaboradores da Castrolanda levaram detalhes do trabalho da cooperativa em relação à safra de inverno, além das expectativas da safra e safrinha e o modelo de cooperado adquirente, que entrou recentemente em funcionamento.

Coordenador de Produção de Sementes, Rodrigo Hilbert apresentou aos presentes o cenário atual e as projeções de beneficiamento do setor. A safra de inverno, por exemplo, teve a produtividade afetada por conta de dois períodos bastante agressivos de geada, que deve causar uma quebra de 20% na produção de trigo – se comparado ao volume projetado no início do plantio. Ainda assim, o total de produção deve ser bastante semelhante ao do ano passado. Já a expectativa de beneficiamento, segundo os números apresentados no evento, é de 247,5 mil sacas para o grão.

Em relação à safra de verão, o Coordenador de Logística Agrícola da Castrolanda, Ricardo Leffers, apresentou um panorama da entrega de sementes e insumos aos cooperados. Em meio a um cenário internacional cheio de obstáculos, a cooperativa optou por antecipar a importação dos principais itens industriais e armazená-los até a chegada do período de utilização no campo. O objetivo é evitar um gargalo nacional em relação à demanda e preços de mercado.

“A área de insumos tem feito ações estratégicas para que não faltem fertilizantes e atrase o plantio como um todo. Isso acarretaria um cenário desfavorável nos nossos números. A ideia é que todos estejam com os fertilizantes disponíveis dentro do tempo necessário”, explicou.

Responsável pela da área comercial de insumos, Fabio Siebert apresentou aos presentes alguns pontos de atenção no cenário, principalmente em relação aos fertilizantes e agroquímicos. Ele explicou sobre a alta nos preços, impactado por questões de oferta e demanda mundiais, aumento no custo do frete e controle de consumo de energia na China.

“É um momento bastante cauteloso. A Castrolanda está bastante confortável em relação aos fertilizantes, uma vez que já entregamos os volumes quase em sua totalidade. Sobre os agroquímicos, o cenário tem mudado em todo o mundo quase que quinzenalmente, então tomamos como decisão estratégica a compra antecipada e estocagem destes itens”, detalhou.

Anteriormente os produtos eram comprados com entregas mais próximas da época de consumo – cenário praticamente impossível de ser repetido por conta das condições de mercado. Com isso a cooperativa vem recebendo todos os produtos e volumes com consumo previsto na safra, assim que o fornecedor sinaliza a possibilidade de entrega.

Cooperado adquirente

Gerente da Área de Negócios Agrícola da Castrolanda, Tatiane Bugallo apresentou aos presentes o modelo de cooperado adquirente. Trata-se de uma nova modalidade de trabalho com o público, que atende aqueles que ainda não desejam se tornar um cooperado efetivo da Castrolanda, mas pretendem experimentar os serviços prestados pela cooperativa.

Ao longo da fala, Tatiane levou explicações sobre o formato de trabalho, os funcionamentos do processo, as vantagens de se tornar um cooperado adquirente e parte da estratégia de expansão da cooperativa em São Paulo.

“É necessário que o nosso cooperado nos dê um retorno sobre este formato. O objetivo é que o cooperado adquirente não tenha mais vantagens competitivas que o cooperado tradicional – e para isso gostaríamos de contar com nossos associados na avaliação do sistema”, contou.

Quem também participou da discussão sobre o novo modelo foi o Diretor Executivo da Castrolanda, Seung Lee. “É importante termos um primeiro contato com o produtor para que ele possa conhecer a cooperativa e, depois de experimentar os benefícios, se torne um cooperado tradicional. Notamos que em São Paulo a tentativa direta de atrair novos cooperados é bastante difícil, então a ideia é trabalhar com este modelo introdutório”, destacou.

Contexto global

Para finalizar o evento, o Conexão Agrícola contou com uma palestra do Consultor de Gestão de Risco da StoneX, Guilherme Cioccari. O profissional levou aos cooperados e presentes as principais informações dos mercados globais de soja, milho e agrícola em geral, além de tirar dúvidas sobre as projeções futuras para o agronegócio.